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“Um pouco do que sobrou”

Alex Hornest iniciou sua carreira como artista ainda quando criança de forma ingênua e despretensiosa. No entanto, na adolescência criou seus próprios personagens, dando início a sua trajetória artística. Para compreender a dimensão das obras do pintor e escultor no contexto da ARTE, é preciso fazer um recorte da história da “HISTÓRIA DA ARTE”.

A História da Arte é a linha do tempo construída por diversos estilos. Na pintura, essas formas estilos iniciam-se por meio do Manifesto, “um grito” que destina-se a declarar um ponto de vista, normalmente por uma insatisfação política. É preciso, agora, fazer uma analogia paradoxal da Arte Urbana com o Modernismo Brasileiro, no qual,ambos compõem uma geração efervescente de artistas que acompanha um movimento cultural e artístico. O Modernismo foi o principal movimento na história da arte brasileira, que buscava, na nova estética pelas vanguardas européias, um caminho para valorizar cultural nacional. Em meados dos anos 80, com uma forte presença visual nos centros urbanos, o Graffiti iniciou seu movimento no Brasil com o objetivo de expandir sua linguagem para marcar seu território, caminhando por cerca de 15 anos, no qual denominação passou para Arte Pública até consolidar-se ARTE. Em seguida, nos anos 90, ressurge como Arte Urbana, avaliada e comprovada como ARTE dentro da história da arte. Alex Hornest estava ali no começo deste período, tornando-se então, um artista contemporâneo “SAFRA”, no qual qualquer obra produzida já faz parte na história da arte brasileira, assim como Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Anita Malfatti, entre outros que já foram precursores para o movimento Modernista. A conclusão dessa analogia é que, para um movimento se tornar ARTE, foi e é preciso ter a percepção do ambiente que vivemos para dá-lo forma e cor como foi realizado por Hornest na Arte de Rua.

O artista apresenta sua quarta fase artística: obras de arte com seus personagens impossíveis no paradoxo da exigência visual, sob o pretexto de transcendência na história da arte, tocando o núcleo de uma imanência que poderíamos qualificar de metapsicológica (Freud) - a imanência da capacidade humana de inventar corpos impossíveis para conhecer algo da carne real, nossa misteriosa, nossa incompreensível carne. Essa capacidade se chama, justamente, o poder da figurabilidade. Investigado pela crítica de arte para validar a estética do corpo, o artista apresenta personagens perfeitos e dotados de sagacidade com uma anatomia singular em seus traços; mãos fortes e grandes com membros finos, magros e desnutridos, de forma simbólica, representando a força do homem comum presente nas metrópoles urbanas que percorrem por essa cidade abstrata e geométrica.

Curadoria: KinJin
Expografia: Els Moerman