Exposição “Forjando Armaduras”

DIG Ferreira - 03 de dezembro de 2021 a 05 de março de 2022

Curadoria
KinJin

Expografia e Montagem
Anna Barreto e Luiz83

Programação
Abertura: 03 de dezembro de 2021
Encerramento: 05 de março de 2022
Horários: Seg. a Sex das 10h às 19h
Local: Rua Patizal, 76 - Vila Madalena

 

A Galeria Plexi abre a exposição “Forjando Armaduras” com o artista cosmopolita Dig Ferreira e apresenta a Série Gênesis, uma pequena parte do acervo internacional Armaduras Forjadas criada em diferentes países do mundo, durante suas vivências artísticas, reunindo obras desde 2018.

A necessidade de explorar outras possibilidades e perceber que suas roupas são telas em branco, o artista parte do objeto indumentário, tal uso como suporte do seu manifesto artístico, os Kimonos. No conjunto de sua obra – que se diferencia pela sinergia entre espontaneidade e pesquisa, coleta, observação, ocupação e ressignificação, é consequência material de um processo sistêmico em dar vida aos elementos que foram descartados e transformando-as em obras vivas e em armaduras.

O artista apropria se da estética asiática com grande excelência imagética e poética: a forma pictórica de vestir a energia do Cosmos, assim, sobreforma, texturas e cores que vão se apresentando e, através disso, revelam armaduras que carregam histórias, força, proteção, símbolos, ilusão, medo e muitas interrogações.

Dig Ferreira parece ter uma ancestralidade de caráter místico e claras relações com a espiritualidade e os saberes antigos que nele se fazem presentes. "Um ser" em sua forma: a Arte; materializada em seu corpo, mente e espírito. Obras vivas, armaduras que transitam em um corpo transeunte e dançante. Ir além do gostar e não gostar, sentir e usar, fazer transbordar-se. Foi desse movimento que floresceu essa nova linguagem que nos dá luz à reflexão sobre a ótica disruptiva e transcendental dentre o contexto do artista. Viver além, fora do seu tempo e nos conduzir a um recomeço.

Anexo

DESENHO REGISTRO

A Série Desenho Registro é uma mistura de técnicas de desenho de observação com a liberdade de sentimentos experimentados no momento do registro realizados em nanquim sobre papel durante o período da pandemia Covid-19. Deixando as formas aparecem no papel sem o reflexo da preocupação, medo, expectativas e condicionamentos da mente que interferem no ato de desenhar, o desenho registro é um exercício constante do não julgamento sobre o próprio trabalho, o que é certo ou errado ou o que é belo e não belo.

O foco está em fazer sentindo, observar e se auto observar no ato de desenhar. Os registros se tornam grandes quebra-cabeças cheios de sentimentos e elementos escondidos pelo nosso consciente, mas revelados pelo inconsciente no ato de desenhar. Cada registro se torna único, sendo impossível ser reproduzido de novo da mesma maneira, porque na próxima ilustração os sentimentos e formas já não são mais os mesmos. O trabalho é um grande presente para quem se interessa pela linguagem secreta das imagens.