Flexibilidade - Parte I

 

O melhor caminho para chegar onde quiser

O que é flexibilidade?

Foto: Sora Sagano

Foto: Sora Sagano

O segundo pilar Plexi é a Flexibilidade. Uma vez que conhecemos o destino a seguir, é importante entendermos que os caminhos podem ser alterados ao longo do trajeto. Independente disso, as possibilidades podem nos levar ao objetivo inicial de maneira surpreendente, desde que sejamos flexíveis nas formas e etapas desse processo.

A etimologia da palavra no contexto que vamos abordar em nosso texto; Flexibilidade significa: aptidão para coisas ou aplicações variadas; versatilidade, isto é, capacidade para conseguir se dedicar a várias atividades ocupacionais e estudos.

Flexibilidade no mundo de hoje

O mundo muda em velocidade acelerada e com destino incerto, proporcionando várias respostas para uma mesma questão. Estar aberto às novas possibilidades em um ambiente de incertezas certamente passa pelo desejo e coragem de transitar em novos caminhos antes nunca utilizados. É neste Mundo VUCA que estamos vivendo. E, já que estamos inseridos nele, temos que nos reinventar e compreender para viver dia após dia, enfrentando os diversos desafios e riscos. A Plexi propõe um olhar para cada conceito e as quatro definições do mundo VUCA que são: Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo; e através da flexibilidade como podemos nos transformar diante desse cenário.

O Mundo Volátil

Foto: Lake Carnegie, WA, Australia

Foto: Lake Carnegie, WA, Australia

O conceito busca explicar o cenário atual de modificações intensas e que provocam uma ruptura com os padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidas no mercado, que trazem desafios pessoais as novas gerações que sempre foram as principais protagonistas das mudanças. Não há espaço para quem assiste como crítico ao invés de fazer algo com essa volatilidade. A natureza volúvel e dinâmica das mudanças, assim como a velocidade inconstante representam desafios e oportunidades que somente quem compreende isso tem melhores chances de enfrentar. A geração y, conhecida como millennials, que aproveita de uma boa infraestrutura pessoal, tem adotado uma postura arrogante, negligente e omissa diante da realidade, mesmo com acesso às informações, descartam todo e qualquer aprofundamento, contando-se apenas com superficialidades dos dados, negligenciando sua inteligência para soluções dos desafios, adotando uma postura de espectador crítico, mantendo absolutamente omisso da responsabilidade de tentar implementar qualquer uma das soluções que propõe.

"O impulso modernizante, em qualquer de suas formas, significa a crítica compulsiva da realidade. A privatização do impulso significa a compulsiva autocrítica nascida da desafeição perpétua: ser um indivíduo de jure significa não ter ninguém a quem culpar pela própria miséria, significa não procurar as causas das próprias derrotas senão na própria indolência e preguiça, e não procurar outro remédio senão tentar com mais e mais determinação.

Viver diariamente com o risco da auto-reprovação e do auto- desprezo não é fácil. Com os olhos postos em seu próprio desempenho - e portanto desviados do espaço social onde as contradições da existência individual são coletivamente produzidas -, os homens e mulheres são naturalmente tentados a reduzir a complexidade de sua situação a fim de tornarem as causas do sofrimento inteligíveis e, assim, tratáveis. Não que considerem as "soluções biográficas" onerosas e embaraçosas; simplesmente não há "soluções biográficas para contradições sistêmicas" eficazes, e assim a escassez de soluções possíveis à disposição precisa ser compensada por soluções imaginárias”.

Modernidade Liquída, Emancipação, pg 49 - Zygmunt Bauman  

Cultura do E - A nova cultura para o mundo Volátil

Foto: Christian Fregnan

Foto: Christian Fregnan

Demasiada aos modelos tradicionais da profissão a Plexi acredita que a projeção para o futuro será a multiplicidade de atividades no âmbito profissional, possibilitando ao indivíduo desenvolver soluções imaginárias e atuar em diversos segmentos da sociedade produtiva, isto é a Cultura do E.

 Estudos atuais comprovam que as carreiras estão cada vez mais flexíveis e que buscar desafios diferentes é o “novo normal”.  Na pesquisa feita pela Tera e a Scoop&Co, 63% já mudaram de carreira e que 70% mais de duas vezes. Da parcela que não fez a transição, 48 % pretendem mudar nos próximos 12 meses e 70% querem uma carreira mais alinhada a seus interesses e propósitos de vida. A lista de posições emergentes, estão: Liderança de produto, analista de dados, Ux Designer, Scrum Master e cientista de dados.

Outro destaque da Cultura do E é a fluidez nos contratos, pois profissionais querem combinar flexibilidade de freelancer com a segurança da carteira assinada. 20% tem emprego fixo e já atuam na cultura do E, atuando como freelancer em outras atividades que não são correlacionadas com a sua formação e 61% consideram ideal a combinação de trabalho fixo com jornada freelancer. A principal razão é a flexibilidade de horários em vista nesse modelo de profissional, pois 90% querem determinar seus horários.

Quando a questão é liderança, os profissionais estão em busca de líderes que inspiram e são claros. Controle, no entanto, não é uma palavra que apetece o profissional do futuro. 82% gostariam de trabalhar sem liderança hierárquica. Outros números que reforçam a ideia: 59% acreditam que há espaço para novas ideias na empresa onde trabalham, 62% afirmam que lideranças devem ter habilidades técnicas que ajudem o time a construir soluções e 73% acreditam que autogestão é o caminho mais eficiente.

Em processos, o estudo mostra que os profissionais querem se comunicar mais, trabalhar por projetos e fazer alinhamentos diários. Para isso, metodologias ágeis se mostraram presentes e parte importante da transformação digital. 87% se sentem bem trabalhando por projetos, 71% se dizem confortáveis em lidar com mudanças de rota constantes e 76% acreditam que empresas com maior flexibilidade nos cargos e funções tornam o trabalho mais eficaz. Segundo Bauman as pessoas que se movem e agem com maior rapidez, que se aproximam do momentâneo do movimento, são as pessoas que agora controlam a sua própria vida.

 
 

Flexibilidade Cognitiva

O nosso sistema educacional e forma de pensar está baseado na criação de hábitos. Pela repetição aprendemos procedimentos, rotinas e a pensar sempre de uma certa maneira. Para solucionar um problema X temos uma rotina Y para chegar na solução.
Porém, o mundo de hoje está trazendo novos problemas onde diferentes soluções precisam ser criadas. Isso exige uma nova forma de pensar, de sair da zona de conforto. Os problemas antigos já não podem ser mais resolvidos por soluções padronizadas e antigas.

Temos que ser ágeis e adaptáveis às consequências imprevisíveis da ruptura que está acontecendo no mundo dos negócios e na sociedade. Temos que aprender habilidades e novas mentalidades de acordo com a necessidade que acabou de surgir e, ao mesmo tempo, deixar de lado aquelas que não são mais necessárias.

A frase de Alvim Toffler nunca esteve tão atual neste mundo VUCA.

“Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles não sabem aprender, desaprender e reaprender.”

Flexibilidade Cognitiva é capacidade de se manter atualizado e ser flexível para aprender informações novas e de diferentes áreas. Tem como característica o aprendizado constante. Temos que ser eternos aprendizes. A data de validade de uma informação é de cerca de 5 anos, assim o que se sabia antes precisa ser deixado de lado e algo totalmente novo precisa ser aprendido.

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Principais características da Flexibilidade Cognitiva:

• A flexibilidade cognitiva é denominada como a capacidade de interpretar certas situações ou informações a partir de diversos pontos de vista e probabilidades.

• Atividade para ser capaz de encontrar respostas alternativas para uma determinada situação.

• Função mental que permite mudar estratégias, alterar cenários mentais, especialmente os envolvidos na solução de problemas. 

• É a capacidade de adaptação de estratégias do processo cognitivo face a novas e inesperadas condições ambientais.

• Capacidade que nós temos de “pensar fora da caixa”, pensar em diferentes estratégias para chegar a um mesmo objetivo.

O primeiro passo rumo a Cultura do E

Não dá mais para ser um especialista em apenas uma área. É necessário ter bons conhecimentos de outras áreas. Se você é da área de exatas, por exemplo, também precisará saber mais sobre a área de humanas.

Com base nos problemas identificados, o Professor Rand J. Spiro, propõem sugestões alternativas para se conseguir alcançar melhores resultados na aquisição e transferência de conhecimentos avançados em domínios complexos e pouco-estruturados. As sugestões que apresentam constituem facetas do que vai contribuir para você desenvolver a flexibilidade cognitiva (Spiro et al., 1988). Essas sugestões constituem condições para aprender a complexidade e ser capaz de transferir o conhecimento para novas situações.

1. Evitar o excesso de simplificação e de regularidade.

Demonstrar a complexidade e a irregularidade, salientando como as semelhanças superficiais são diferentes quando analisadas em pormenor e como as interações demonstram a combinação conceptual.

"Cognitive flexibility involves the selective use of knowledge to adaptively fit the needs of understanding and decision making in a particular situation; the potential for maximally adaptive knowledge assembly depends on having available as full a representation of complexity to draw upon as possible" (Spiro et al., 1988: 378).

2. Múltiplas representações.

Uma única representação impede a compreensão de importantes facetas de conceitos complexos. A flexibilidade cognitiva depende da existência de um repertório variado de modos de pensar sobre um tópico conceptual. O conhecimento que deve ser usado de muitos modos deve ser aprendido, representado e experimentado de muitos modos.

As múltiplas representações não se limitam aos conceitos ou temas complexos mas estendem-se aos casos. A complexidade dos casos necessita que sejam analisados por uma multiplicidade de perspectivas conceituais (os temas).

3. Centrar o estudo no caso.

Em domínios pouco-estruturados há uma grande variedade na aplicação de temas relevantes de caso para caso. Os princípios gerais não captam adequadamente a dinâmica dos casos. A flexibilidade, necessária nestes domínios, resulta da análise de diferentes casos para a qual contribuem as análises já realizadas em casos precedentes.

4. Conhecimento conceptual como conhecimento aplicado ao caso.

Atendendo a que nos domínios complexos e pouco-estruturados há uma grande variedade na forma como determinado conceito é usado ou aplicado, é importante dar-se ênfase à sua aplicação em detrimento do conceito abstrato. Wittgenstein também refere que o sentido é determinado pelo uso (Spiro et al., 1988).

Foto: Charlie Firth

Foto: Charlie Firth

5. Construção de esquemas flexíveis.

Nos domínios complexos e pouco-estruturados não se pode ter um esquema pré definido para cada situação, porque a variedade entre casos do mesmo tipo é grande. Deste modo, é necessário construir esquemas flexíveis, que se conseguem criar se se vir o conhecimento aplicado em variadas situações, como uma abordagem centrada no caso proporciona.

6. Não compartimentação de conceitos e casos (múltiplas interconexões).

Os conceitos não podem ser tratados como capítulos separados, tem que haver relação entre eles. Os casos, embora sejam analisados separadamente para se compreender a complexidade, também se deve estabelecer conexões entre eles para se atentar nas semelhanças e diferenças.
"Although cases have to be focused on separately, so that the complexity of case structure is conveyed, they should not be taught in just that way - connections across cases must also be established" (Spiro et al., 1988: 381). 

7. Participação ativa do aprendente e orientação no hiperdocumento.

Você pode explorar as paisagens conceptuais em muitas direções, tendo sempre a orientação de entendidos no assunto, através dos comentários que tecem aos mini-casos.

É preciso viver, visitar, conhecer intimamente mais de um desses universos para descobrir a invenção humana por trás da estrutura impositiva e aparentemente irredutível de qualquer desses universos, e para descobrir quanto esforço cultural humano é necessário para adivinhar a ideia da natureza com suas leis e necessidades; tudo isso é preciso para se reunir, ao final, a audácia e a determinação para juntar-se, conscientemente, a esse esforço cultural, ciente de seus riscos e armadilhas, mas também do ilimitado de seus horizontes.

Criar (e também descobrir) significa sempre quebrar uma regra; seguir a regra é mera rotina, mais do mesmo - não um ato de criação. Para nós, romper regras não é uma questão de livre escolha, mas uma eventualidade que não pode ser evitada.

O Mundo Incerto

Foto: Brett Jordan

Foto: Brett Jordan

Não há como sustentar uma atitude com muitas certezas, principalmente quando se está diante de informações superficiais ou de suposições. Melhor é perceber que deve se preparar para saber como lidar com incertezas. Nada mais é previsível, padrões de sucesso do passado são destruídos em poucos instantes diante de novas abordagens. Ter certezas irrevogáveis na mente só impede a percepção da nova realidade. Com sua visão na mão, os líderes precisam de compreensão em profundidade das capacidades e estratégias da sua organização para tirar proveito das circunstâncias que mudam rapidamente, jogando com seus pontos fortes, minimizando suas fraquezas. Ouvir apenas fontes de informação e opiniões que reforçam suas próprias visões acarreta grande risco de perder pontos de vista alternativos. Em vez disso, os líderes precisam aproveitar inúmeras fontes que abrangem todo o espectro de pontos de vista, envolvendo-se diretamente com seus clientes e funcionários para garantir que estejam sintonizados com as mudanças em seus mercados.

Crie uma ilha de certeza em meio à turbulência

Mudanças constantes podem deixar as pessoas nervosas porque nós, humanos, ansiamos por certeza. As pessoas se preocupam com seus empregos, status e influência. Isso pode prejudicar o engajamento, a produtividade e a vontade de agir de forma independente. Mas você pode tranquilizar sua equipe através da estabilidade e transparência do processo. Por exemplo, seja claro sobre seus critérios de tomada de decisão e seja consistente em aplicá-los. Sinalize sua tolerância a erros baseados na aprendizagem que são inevitáveis ​​em um ambiente de mudanças rápidas e lembre-se de capturar o que aprendeu como forma de certificar seu valor. Pense nessas falhas como um recurso você já pagou. Por fim, seja firme em relação aos seus valores - eles devem perseverar, conduzir a tomada de decisões e a ação e ser entusiasmados e energicamente comemorados para lhes dar alta visibilidade em meio à agitação do trabalho diário.

Certifique-se de evitar turbulências desnecessárias. Por exemplo, em vez de ter reorganizações regulares da hierarquia que induzem à ansiedade que rapidamente se tornam obsoletas, tente uma estrutura minimalista e mais flexível, complementada por habilidades como equipes que criam fluidez e a expectativa de que as estruturas evoluam.

Zona de Conforto

É uma condição que exige perguntas - muitas delas. Perguntas penetrantes que revelam nuances. Perguntas desafiadoras que estimulam diferentes visões e debates. Perguntas abertas que alimentam a imaginação. Perguntas analíticas que distinguem o que você pensa e o que você sabe. A única coisa que você sabe com certeza sobre sua estratégia é que ela está errada. A investigação persistente ajudará você a discernir se está 5% ou 95% antes que os eventos revelem rapidamente a resposta para você.
A agilidade é crítica, pois os ajustes estratégicos devem ser feitos continuamente. 

Foto: Nikita Kachanovsky

Foto: Nikita Kachanovsky

Indicamos quatro inconvenientes na transferência do conhecimento que te mantém na zona de conforto:

  1. Teorias tendem a adotar estruturas do conhecimento rígidas, pré compiladas proporcionando, por isso, pouca possibilidade para adaptar o conhecimento a diversos contextos;

  2. Modos de representação tendem a isolar ou a compartimentar aspectos do conhecimento que estão relacionados, limitando a capacidade de transferir o conhecimento para novas situações;

  3. Tratar de assuntos complexos como se fossem mais simples do que realmente são, dificultando a transferência da complexidade;

  4. Implicitamente assumem que os domínios do conhecimento são mais regulares e consistentes do que realmente são.

 

Flexibilidade Psicológica
No mundo incerto existe um caminho para aceitar o que está fora de seu controle.

“Da mesma forma como exercitamos nosso corpo, para termos maior flexibilidade física, podemos exercitar a nossa mente e comportamento, para desenvolver maior flexibilidade psicológica. ” Kathy Baur - psicóloga

Flexibilidade Psicológica é a habilidade de perceber e reagir ao seu próprio comportamento de maneira que seja possível agir em direção a fins importantes. É a possibilidade de não precisar fugir de eventos privados aversivos, sendo possível que o sujeito observe o que está sentindo e pensando e escolha o curso de ação que o aproximará do que é importante para ele.

Baseado na teoria e prática da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), Kevin Polk organizou um diagrama chamado Matriz (do inglês, Matrix) que nos auxilia nesse treino (Polk & Schoendorff, 2014). De acordo com Polk, a essência da Filosofia Psicológica está em perceber a diferença entre experiências sensoriais – ou dos cinco sentidos (audição, gustação, olfato, tato, visão) – e da mente; além de perceber a diferença entre como se sente ao se afastar de experiências mentais desagradáveis ou de se aproximar daquilo que é importante. Dessa forma, foi organizado um diagrama (a Matriz) para auxiliar todos nós a notarmos essas diferenças. E o que é mais interessante é que essa Matriz se torna uma grande ferramenta de análise funcional do comportamento.

Convidamo-os para classificar experiências, comportamentos e histórias nos quatro quadrantes formados pelas duas linhas: 1) “quem ou o que é importante”, 2) “quais obstáculos internos aparecem “, 3) ” o que você faz para se afastar dos obstáculos internos “, e 4)” o que você faz para se aproximar de quem ou o que é importante “. O principal ponto do modelo é classificar as redes relacionais (histórias, regras e pensamentos) em cada um dos quadrantes. Nesta tarefa, a ideia é a praticar esta classificação e, ao fazer isso, geramos um contexto no qual se enquadram suas “experiências internas” hierarquicamente em um “eu”, o Eu observador. Isto implica olhar o nosso mundo interior hierarquicamente, como o conteúdo deste “Eu” que funciona como um recipiente, a fim de enfraquecer as funções de evitação discriminativa. Coincidindo com Foody et al. (2014), ao trabalhar com ACT devemos tentar minimizar o apego ao conteúdo. Sendo assim, um de nossos principais objetivos é transformar as relações de coordenação entre o Eu e o conteúdo (os dois AQUI e AGORA) em relações de hierarquia, onde o Eu fica AQUI, AGORA, mas o conteúdo fica LÁ – ENTÃO. Na verdade, este poderia ser o processo central do que chamamos de Flexibilidade Psicológica.

Esta flexibilidade ajuda as pessoas a desenvolver um repertório mais eficaz de comportamentos, através de uma reprogramação do cérebro e criação de novos caminhos neurais. Esses caminhos são criados quando praticamos e repetimos novos comportamentos, mais saudáveis e mais eficazes. É importante lembrar que é comprovado que o nosso cérebro tem o que é necessário para mudar, desde que haja compromisso com a mudança.

Principais benefícios da Flexibilidade Psicológica

Estudos sobre o assunto indicam que um indivíduo com esta competência desenvolvida é capaz de:

  • Identificar e adaptar-se às exigências do momento;

  • Manter o equilíbrio entre diferentes desejos, necessidades e domínios da existência;

  • Re-configurar e expandir o “mindset” (atitude mental) e os repertórios de comportamento;

Estar consciente e comprometido com comportamentos correspondentes com seus valores mais profundos. De acordo com esta Teoria, desenvolvida por Steven C. Hayes e colaboradores, a partir de 1999, há seis princípios básicos para elevar o índice de flexibilidade psicológica:

  1. Desfusão cognitiva:
    Aprender a se distanciar ou separar-se dos pensamentos, a fim de evitar a ruminação mental e as ideias fixas.

  2. Aceitação:
    Aceitar a experiência e o que se passa dentro de nós sem tentar combater, inibir, resistir ou fugir. Isentar-se do julgamento e das justificativas;

  3. Contato com o momento presente:
    Manter-se aberto e receptivo ao que está acontecendo agora. Colocar a atenção no presente (vale conferir o meu artigo sobre Mindfulness, clique aqui);

  4. Auto-observação:
    Observar aquilo que sentimos e que pensamos, num determinado momento ou contexto, para que possamos observar qualquer desacordo com o que queremos. A partir daí, é possível decidir o que fazer ou gerar pensamentos e sentimentos mais adequados ao contexto;

  5. Valores:
    Para que tenhamos objetivos adequados e os busquemos, é fundamental que entendamos os nossos valores, ou seja, o que é realmente importante para nós, o que nos motiva e direciona.

  6. Compromisso com a ação:
    Estabelecer objetivos coerentes com os valores e comprometer-se com as ações adequadas a estes.

Experimente levar a sua vida, mantendo o foco no AGORA, livre de pré-julgamentos e sem a responsabilidade de estar sempre certo. O que te parece? Convidamos, mais uma vez, a assumir o controle da sua vida e tornar-se a sua melhor versão!

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